Realmente existiu? as línguas atuais descendem de uma única língua?

Ilustração de Gustavo Doré, ''A confusão das línguas'' (1865).
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.
Gênesis 11:5-9
A História da torre de Babel e da confusão das línguas, para muitos não passa de um mito ou uma lenda, algo inventado pela mente humana para explicar ou tentar explicar o porque de tantos dialetos, será mesmo que tal afirmação é verdadeira?
Os Zigurates
Os zigurates eram construções religiosas dos sumérios, babilônicos, assírios povos da Mesopotâmia. Esses templos gigantescos pareciam piramides, mas possuíam degraus, e formavam uma torre.
A entrada era no topo do templo, o acesso era por meio de uma rampa espiralada, construída nas paredes externas do templo.
Era de grande importância religiosa para os antigos mesopotâmicos, pois acreditavam que eles eram portais que ligavam o mundo físico ao espiritual, que aproximavam o homem e os deuses,os zigurates eram a morada dos deuses (''alcançando os céus'', é uma inscrição comum nas Torres-templo).
Os mesopotâmicos achavam que quanto maior o templo, mais fácil era a transição dos deuses a terra e dos homens ao céu, já que o mesmo servia de ponte entre o paraíso e a terra, de acordo com a crença. Esses templos além de serem templos religiosos também serviam como armazéns agrícolas

Dur-Untash, ou Choqa Zanbil, construído no
século XIII a.C. por Untash Napirisha e
localizado perto de Susa, Irã é um dos mais
preservados zigurates do mundo.
Representações de um Zigurate.


Origem do nome Babel.
Babel é do Acadiano Bāb-ilu, que significa ''Portão de Deus'', isso já explica corretamente o propósito religioso das torres-templo (zigurates) da antiga Suméria. Os judeus propositadamente chamavam Bavél que significa ''confusão'' Gênesis 11:9.
Enmerkar e o Senhor de Aratta
O Encanto de Enki (A Confusão das línguas)
''Era uma vez, não havia cobras, não havia escorpiões
Não havia hienas, não havia leões,
Não havia cães selvagens, não havia lobos,
Não havia medo nem terror,
O homem não tinha rival.
Era uma vez as terras Shubur e Hamazi,
A Suméria de língua harmoniosa, a grande terra das divinas leis dos
principados,
Uri, a grande terra que tem tudo o que é próprio,
A terra Martu, que descansa em segurança,
O universo inteiro, o povo em uníssono,
A Enlil numa língua fizeram preces.
Mas etão o senhor-pai, o príncipe-pai, o rei-pai,
Enki, o senhor da abundância, cujas ordens eram confiantes
Senhor da sabedoria que vigia a terra,
Senhor dos deuses,
Senhor de Eridu, dotado de sabedoria
Nas suas bocas trocou as palavras, instalou a discórdia,
Na fala do homem que havia sido única.
O texto O Encanto de Enki faz parte do conto épico mais vasto - Enmerkar e o senhor de Aratta.
É evidente a semelhança com o relato o Gênesis 11:1-9, mas esses relatos semelhantes não se limitam somente na região do crescente fértil, mesopotâmia.
A Confusão das línguas em outras tradições
America Central
Cultura Maia
O Livro sagrado Popol Vuh

Há um trecho maia, no livro Popol Vuh, que deixa muito o que pensar, mesmo sabendo-se que foi escrito em 1547 em latim, no idioma quiché. Apesar de deixar transparecer a influência cristã, para muitas tribos maias continua a ser a ''sua bíblia'' já que o texto aborda questões sobre a criação do mundo, dos homens e dos animais, segundo a sua tradição.
''Aqui, as línguas das tribos mudaram. Sua fala ficou diferente.
Nossa língua era uma quando partimos de Tulán. Aí, esquecemos nossa fala''.
Quando os espanhóis invadiram o México em 1517, ficaram impressionados por já encontrarem disseminada a história da Torre de Babel, como é evidente, com outro nome. A grande pirâmide de Cholula, segundo o povo daquela terra foi construída para servir de abrigo contra um futuro dilúvio, mas seus construtores foram dispersados por uma confusão de línguas.
Além de mostrar a semelhança com a história da Torre de Babel, também mostra a ligação com o Dilúvio narrado na bíblia, pois se eles tinham medo de um futuro dilúvio, e construíram uma grande torre-templo, para além de cultuar os deuses se protegerem de um possível dilúvio, é porque isso já ocorreu antes.
Toltecas

Uma lenda atribuída pelo historiador Don Ferdinand d'Alva Ixtilxochitl aos Toltecas, diz que depois dos homens terem multiplicado depois do grande dilúvio, eles erigiram um alto zacuali ou torre, para se preservarem no caso de um segundo dilúvio. Contudo, as línguas foram confundidas e eles foram para diferentes partes da terra.
Tohono O'odham - Povo do Deserto.
Outra lenda atribuída aos índios Tohono O'odham, afirma que Montezuma escapou a uma grande inundação, depois tornou-se mau e tentou construir uma casa que chegasse ao céu, mas o Grande Espírito destruiu-a com relâmpagos.
Africa
Povos do Lago Ngami

Livingstone também fez várias anotações sobre os povos indígenas da região; entre os quais escreveu que os nativos tinham uma história semelhante a da Torre de Babel (viagens missionárias, cap 26.). De acordo com David Livingstone, os Africanos que ele conhecera e que viviam junto ao Lago Ngami em 1879 tinham uma tradição assim, mas com as cabeças dos construtores a serem ''partidas pela quedo do scaffolding'' (palavra em inglês da área da engenharia civil).
http://www.gutenberg.org/files/1039/1039-h/1039-h.htm#link2HCH0026 [Texto em inglês]
Missionary Travels and Researches in South Africa.
As semelhanças religiosas e culturais entre os povos. A origem monogênica dos idiomas - linguística comparada
Os idiomas são divididos em famílias, grandes grupos onde todos os componentes descendem de uma mesma língua ancestral, formando uma arvore evolutiva na comunicação humana.
As semelhanças entre línguas de um mesmo ramo linguístico são muitas. Exemplo:
Idiomas românicos:
Português: Deus.
Italiano: Dio.
Espanhol: Dios
Francês:Dieu
Idiomas Saxões:
Inglês: God
Alemão: Gott
Sueco: Gud
Idiomas Semitas:
El
All
Allá
Illu
Il
Porém os idiomas quando comparados sendo de famílias diferentes (ligadas mas muito distantes) não apresentam muitas semelhanças, mas elas existem.
É como a árvore da evolução das espécies, um humano quando comparado com um chipanzé, possuí muitas semelhanças, mas quando comparado com um cachorro, que é bem distante do homem, as semelhanças são poucas, mas ambos vem de um mesmo ancestral em comum.
Winfred P. Lehmann e Patrick C. Ryan eram grandes especialistas em Linguística Comparada, filologia comparativa. Segundo esses renomados linguistas, ao realizar uma analise linguística conjunta comparativa, de línguas atuais e línguas extintas revela a origem monogênica dos idiomas ou seja a origem de todos os idiomas a partir de uma língua mãe, um ancestral em comum a todos os idiomas, uma língua primeira.
Nessa visão monogênica, a linguística se encaixa harmonicamente com o relato do Gênesis, da confusão das línguas e da origem de todos os idiomas a partir de um único idioma, uma língua mãe. Esse tema é muito discutido entre os linguistas, existe a ideia Monogênica unilocal e Poligênica multilocal.
A Construção de Babel tem duplo objetivo, escapar de um dilúvio (por medo, pois a humanidade já presenciou um) e adorar a deuses falsos (por causa da queda do monoteísmo (monoteísmo antecedeu o politeísmo e durou pouco tempo), para um politeísmo extremo), isso ofendeu a Deus, então Ele destruiu a torre e confundiu as línguas.
Sendo a Suméria a mais antiga civilização do mundo, ou uma das mais antigas, as raízes linguísticas de toda humanidade viriam dali, e as culturas e religiões teriam semelhanças em todo o mundo.
Pelo fato do politeísmo ter dominado o mundo, e o monoteísmo ficar escondido (não extinto) por um tempo, diante do politeísmo extremo, o surgimento de novas civilizações trouxe novas religiões politeístas, e todas elas possuíam semelhanças entre si.
Em todos os panteões religiosos de povos politeístas, há uma hierarquia familiar de deuses, onde há o deus soberano a todos os outros, e esses deuses são antropomorfizados, possuem forma humana ou animal, entre outros.
Os povos possuem seu grupo étnico e sua cultura, mas comparando todos os povos, também se nota muitas semelhanças em questões religiosas, artísticas,militares e culturais.
Culturalmente um povo vai se parecer muito com o outro, quando estão num mesmo grupo étnico, linguístico e quando vive próximo um do outro, exemplo Hebreus, Fenícios e Caldeus, povos semitas.
A Religião entre povos diferentes, mesmo que distantes culturalmente, terão muitas semelhanças, pelo fato da religião ser algo muito preservado, algo que os sacerdotes e fiéis preservam muito, diferente dos usos e costumes (vestes, comidas, música e etc), que mudam o tempo todo.
Embora apedra não tenha sido amplamente usada, existiam algumas pedreiras de calcário na região. Foram usados o diorito, o basalto, alabastro e granito. O giz natural (sulfato de cálcio dihidrato) e o lápis-lazúli eram usados nas decorações dos templos, esculturas e joias
O lápis-lazúli das minas do Paquistão
Madeira
A madeira mais abundante na região era pouco resistente, o tronco da palmeira e algum salgueiro. Os sumérios buscavam o cedro nas longínquas florestas do Líbano. Já o ébano era uma madeira nobre usada para esculpir estátuas.

Cedrus Libani

Bandeira do Líbano, com
um Cedro no centro.
Betume
O betume que jorra naturalmente da terra era recolhido e usado como argamassa de impermeabilização dos tijolos.
Afloramento do Betume
por Glauci Coelho, Professora em PUC-Rio
Os adornos normalmente eram em cores diferentes possivelmente contendo significação cosmológica.
Disseram uns aos outros: "Vamos fazer tijolos e queimá-los bem". Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche/breu (betume) em vez de argamassa.
Gênesis 11:3
O Professor Dr.Rodrigo Pereira Silva em seu programa EVIDÊNCIAS, trouxe um fragmento de tijolo de um Zigurate de Ur, datado de quatro mil anos, que ainda apresenta resquícios de betume em sua estrutura. Exatamente como narra a bíblia.
A Torre de Babel foi construída sob o comando de Nimrod. Essa afirmação está de acordo com o conceito judaico tradicional.
Sobre Nimrode Josefo escreveu: "Pouco a pouco, transformou o estado de coisas numa tirania, sustentando que a única maneira de afastar os homens do temor a Deus era fazê-los continuamente dependentes do seu próprio poder. Ele ameaçou vingar-se de Deus, se Este quisesse novamente inundar a terra; porque construiria uma torre mais alta do que poderia ser atingida pela água e vingaria a destruição dos seus antepassados. O povo estava ansioso de seguir este conselho, achando ser escravidão submeter-se a Deus; de modo que empreenderam construir a torre [...] e ela subiu com rapidez além de todas as expectativas." — (Antiguidades Judaicas), I, 114, 115 (iv, 2, 3)
Somente historiadores céticos e desonestos negariam a história da Torre de Babel diante de tantos fatos. Essa história que é real, ela é de grande importância para a humanidade, pois ela explica muito sobre a história da humanidade, nos apresentando a origem dos idiomas e o porque das semelhanças culturais-religiosas.
O Dr. William F. Albright, uma das autoridades em arqueologia do oriente médio mais reconhecidas até hoje, define assim esses capítulos. ''Eles se mantém como únicos na literatura antiga e sem nenhum paralelo, mesmo entre os gregos, onde nós temos um tratamentos tão minucioso de uma divisão de povos numa estrutura genealógica...A Tabela das Nações permanece como um documento surpreendentemente preciso.''
William F. Albright
http://www.aldobizzocchi.com.br/artigo107.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_protoindo-europeia
https://www.youtube.com/watch?v=EjHzEfQVFeM

Nessa visão monogênica, a linguística se encaixa harmonicamente com o relato do Gênesis, da confusão das línguas e da origem de todos os idiomas a partir de um único idioma, uma língua mãe. Esse tema é muito discutido entre os linguistas, existe a ideia Monogênica unilocal e Poligênica multilocal.
A Construção de Babel tem duplo objetivo, escapar de um dilúvio (por medo, pois a humanidade já presenciou um) e adorar a deuses falsos (por causa da queda do monoteísmo (monoteísmo antecedeu o politeísmo e durou pouco tempo), para um politeísmo extremo), isso ofendeu a Deus, então Ele destruiu a torre e confundiu as línguas.
Sendo a Suméria a mais antiga civilização do mundo, ou uma das mais antigas, as raízes linguísticas de toda humanidade viriam dali, e as culturas e religiões teriam semelhanças em todo o mundo.
Pelo fato do politeísmo ter dominado o mundo, e o monoteísmo ficar escondido (não extinto) por um tempo, diante do politeísmo extremo, o surgimento de novas civilizações trouxe novas religiões politeístas, e todas elas possuíam semelhanças entre si.
Em todos os panteões religiosos de povos politeístas, há uma hierarquia familiar de deuses, onde há o deus soberano a todos os outros, e esses deuses são antropomorfizados, possuem forma humana ou animal, entre outros.
Os povos possuem seu grupo étnico e sua cultura, mas comparando todos os povos, também se nota muitas semelhanças em questões religiosas, artísticas,militares e culturais.
Culturalmente um povo vai se parecer muito com o outro, quando estão num mesmo grupo étnico, linguístico e quando vive próximo um do outro, exemplo Hebreus, Fenícios e Caldeus, povos semitas.
A Religião entre povos diferentes, mesmo que distantes culturalmente, terão muitas semelhanças, pelo fato da religião ser algo muito preservado, algo que os sacerdotes e fiéis preservam muito, diferente dos usos e costumes (vestes, comidas, música e etc), que mudam o tempo todo.
Os Materiais e elementos de construção Mesopotâmica
PedraEmbora apedra não tenha sido amplamente usada, existiam algumas pedreiras de calcário na região. Foram usados o diorito, o basalto, alabastro e granito. O giz natural (sulfato de cálcio dihidrato) e o lápis-lazúli eram usados nas decorações dos templos, esculturas e joias
O lápis-lazúli das minas do Paquistão
Madeira
A madeira mais abundante na região era pouco resistente, o tronco da palmeira e algum salgueiro. Os sumérios buscavam o cedro nas longínquas florestas do Líbano. Já o ébano era uma madeira nobre usada para esculpir estátuas.

Cedrus Libani

Bandeira do Líbano, com
um Cedro no centro.
Betume
O betume que jorra naturalmente da terra era recolhido e usado como argamassa de impermeabilização dos tijolos.
Afloramento do Betume
por Glauci Coelho, Professora em PUC-Rio
A Construção do Zigurate
O centro do zigurate era feito de tijolos queimados, muito mais resistentes, enquanto o exterior da construção mostrava adornos de tijolos cozidos ao sol, mais fáceis de serem produzidos (aconteceu o inverso também), porém menos resistentes (geralmente eram revestidos por betume).Os adornos normalmente eram em cores diferentes possivelmente contendo significação cosmológica.
por Glauci Coelho, Professora em PUC-Rio
Assim como o relato de Gênesis descreve, que os construtores utilizaram o betume como argamassa, para construir a torre-templo de Babel, vemos aqui pela professora da PUC-Rio Glauci Coelho, que os mesopotâmicos utilizavam o betume/breu/piche como argamassa para construir zigurates, com isso concluímos que de fato a torre de Babel é um zigurate.Disseram uns aos outros: "Vamos fazer tijolos e queimá-los bem". Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche/breu (betume) em vez de argamassa.
Gênesis 11:3
O Professor Dr.Rodrigo Pereira Silva em seu programa EVIDÊNCIAS, trouxe um fragmento de tijolo de um Zigurate de Ur, datado de quatro mil anos, que ainda apresenta resquícios de betume em sua estrutura. Exatamente como narra a bíblia.
Nimrod e a torre de Babel
E Cuxe gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra. 9
E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.
Gênesis 10:8-10
Gênesis 10:8-10
A Torre de Babel foi construída sob o comando de Nimrod. Essa afirmação está de acordo com o conceito judaico tradicional.
Somente historiadores céticos e desonestos negariam a história da Torre de Babel diante de tantos fatos. Essa história que é real, ela é de grande importância para a humanidade, pois ela explica muito sobre a história da humanidade, nos apresentando a origem dos idiomas e o porque das semelhanças culturais-religiosas.

William F. Albright
Fontes:
http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=10814http://www.aldobizzocchi.com.br/artigo107.asp
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_protoindo-europeia
https://www.youtube.com/watch?v=EjHzEfQVFeM
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